(Resenha) O Ladrão de Raios – Rick Riordan
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Título: O Ladrão de Raios
Autor(a): Rick Riordan
Páginas: 400
Editora: Intrínseca
Primeiro volume da saga Percy Jackson e os Olimpianos, O Ladrão de Raios esteve entre os primeiros lugares na lista das séries mais vendidas do The New York Times. O autor conjuga lendas da mitologia grega com aventuras no século XXI. Nelas, os deuses do Olimpo continuam vivos, ainda se apaixonam por mortais e geram filhos metade deuses, metade humanos, como os heróis da Grécia antiga. Marcados pelo destino, eles dificilmente passam da adolescência. Poucos conseguem descobrir sua identidade.
O garoto-problema Percy Jackson é um deles. Tem experiências estranhas em que deuses e monstros mitológicos parecem saltar das páginas dos livros direto para a sua vida. Pior que isso: algumas dessas criaturas estão bastante irritadas. Um artefato precioso foi roubado do Monte Olimpo e Percy é o principal suspeito. Para restaurar a paz, ele e seus amigos – jovens heróis modernos – terão de fazer mais do que capturar o verdadeiro ladrão: precisam elucidar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses.
Eu, que nunca fui grande fã de
mitologia grega e preferia as ficções de mitologia nórdica, hoje me considero
filha de Poseidon e propensa à inimizade com Atena e Ares. Consideramos que
Perseu Jackson seja um semideus de olhos verdes, com postura de gente grande e
idade para jogar Mário, mas que tenha Contracorrente em mãos e te salve de uma
Fúria! Ou que se salve, não pronuncie essa palavra perto de Percy, por favor.
Não há muito tempo li Percy
Jackson e o Ladrão de Raios, mas a velocidade com que passei do primeiro livro
para o segundo e assim sucessivamente foi colossal. Rick Riordan transformou
Percy Jackson num ingresso, quem comprasse ganharia entrada para o mundo de um
disléxico hiperativo com déficit, qualquer pessoa em seu estado psicológico
normal evitaria um encontro como esse, mas estamos falando de semideuses ainda
na espera por Grover, este que só está um tanto ocupado procurando por Pã no
momento. No momento!
O fato é que entre as aventuras
com Percy e os Olimpianos me esqueci até mesmo de marcar quotes, e foi no
quarto livro que me lembrei que tinha resenhas para fazer e necessitava desses
complementos. Um pouco tarde demais, não? Felizmente a internet está aqui para
nos ajudar.
"E se os deuses do Olimpo estivessem vivos no século XXI? E se eles ainda se apaixonassem por mortais, com os quais tivesse filhos que pudessem se tornar heróis? Segundo a lenda da Antiguidade, a maior parte deles, marcados pelo destino, dificilmente passa da adolescência. Poucos conseguem descobrir sua identidade."
Um dos principais pontos que me
chamaram a atenção na série foi que em todos os livros o autor faz questão de
ter uma continuação de ações, e é assim desde o início, em Percy Jackson e o
Ladrão de Raios. O livro faz a introdução de quem seria Perseu no mundo dos
mortais e então partimos para a revisão de seu verdadeiro eu, assim, entre
páginas e capítulos, podemos conhecer os personagens do Acampamento Meio-Sangue
juntamente com inserção dos companheiros de Percy; Annabeth, Grover, Luke e
Quíron. E então começa a euforia.
Essa é para o próximo que for à
Nova York: não custa passar no Monte Olimpo, tudo bem? Eu só quero uma
lembrancinha, Apolo serve.
Sempre considerei narrativa em
primeira pessoa abstrusa, principalmente sendo um livro com temática tão
elaborada como a de uma história mitológica, e fazer desse modo de narração uma
escrita convidativa é obra para ser vangloriada. Riordan, literalmente,
conseguiu isso – Ensinou mitologia brincando, Percy atualmente está como Harry Potter ou Katniss Everdeen,
um herói conhecido e eternizado. Tanto que seus livros inspiraram filmes.
Particularmente, achei que, em
comparação ao livro, o filme ficou parado. Os personagens mudaram absurdamente
o físico e também a idade, coisa que achei essencial no livro, a adolescência
está sempre sujeita a se interessar pela menção da mesma em livros, porém Rick
conseguiu mudar esse tabu e estimular o leitor numa aventura de crianças, mesmo
que seus problemas abranjam um universo de assuntos complexos. E mesmo que ao
longo do filme seja notado que foi apenas inspirado na obra de Rick e não fielmente seguido, o roteiro acabou se tornando um
clichê ao voltar todo o foco na relação de Percy e Annabeth.
Amo esse livro, só que odeio o filme. Muito boa a resenha, Parabéns!!
ResponderExcluirMuito obrigada! Essa é a opinião da maioria dos fãs de Percy, o filme nunca vai superar o livro, e também acho que essa não foi a intenção do diretor quando propôs se inspirar na obra de Rick. Nem mesmo chegou a prender quem via ao filme...
Excluirconcordo.
ResponderExcluirOBS:
Indiquei o blog no Desafio de férias. http://arquitetosdepalavras.blogspot.com.br/2014/01/desafio-de-ferias.html