Primeiramente, um romance. Um romance futurístico. Compre essa ideia antes que te vendam que Passengers Ã© um filme de ficção científica. Comprou? Certo, então vamos começar. 

Jennifer Lawrence e Chris Pratt atuando juntos é a receita do sucesso, não é? Não necessariamente. Passangers é um filme que poderia ter sido muito mais do que foi. Longe de ser um filme ruim, mas não perto de ser um ótimo filme. Se encaixa na categoria de "bom filme", que compensa ver com a finalidade do entretenimento. 

O filme se passa em um futuro onde o planeta Terra, centro de toda a humanidade, está com problemas com superlotamento, beirando um caos social, embora o problema não seja tão critico, como tratado em alguns filmes (Wall-e e Elysium, por exemplo). Junto a isso, a humanidade está extremamente avançada tecnologicamente, o que permite a exploração espacial. É nesse ponto onde o filme beira uma possível ficção científica, mas como já dito, a bagagem desse é outra, um romance.



Emplacados com grande tecnologia e a necessidade de um novo lar, a humanidade encaminha sua história para ocupar outros planetas com semelhança com a Terra, onde há todas as condições necessárias para se viver. Esses novos planetas passam a ter o nome de "Colônias". A ideia é ocupar e começar uma nova era em um outro mundo. Nesse meio há empresas especializadas em levar pessoas interessadas (e com muito dinheiro) para viverem nessas colônias; há também a possibilidade de ir nessas viagens se você tiver aptidão no trabalho que eles necessitam para construir uma nova sociedade, por exemplo: agrônomo, médico, mecânico (no caso do nosso protagonista). A promessa de emprego é de trabalhar nesse novo futuro com parte do seu lucro voltado a custear sua viagem. Em outras palavras, um neo-escravo. 

O tempo de viagem da Terra para o novo destino tem duração de várias décadas. Tempo esse que qualquer ser humano morreria viajando. Pensando nisso, com o auxilio da evolução, os passageiros que embarcam na nave são congelados e programados para serem acordados quatro meses antes da chegada na colônia. Esse prazo é dado para se socializarem dentro do cruzeiro espacial, onde há salões de festas, bares, restaurantes e tudo o que um bom e caro cruzeiro nos dias de hoje poderia oferecer, mas claro, com muito mais acomodação providenciada por meio de uma tecnologia que assusta. 

A história de Passangers começa quando algo dá errado na cápsula de um passageiro, o fazendo acordar 90 anos mais cedo do que deveria. O drama começa. Sentenciado a morte, o protagonista começa a se ver desolado, esperando pela morte a bordo de uma nave sem ninguém para lhe fazer companhia, exceto por um android. Dilemas sociais são criados envoltos do personagem e de seu futuro incerto, beirando a loucura.


Por conta do trailer que vende um produto, mas que ao consumir o filme se mostra outro, qualquer outra informação que for dada como uma resenha será um spolier, infelizmente. Ou felizmente, não há o que saber.

Passangers tem uma temática boa, mas que foi pouco explorada. As atuações de ambos protagonistas são excelente. Os efeitos visuais beiram a perfeição. Há cenas que te prendem e tiram o ar. Mas entre tudo isso há clichês baratos que empobrecem o que poderia ser um ótimo filme. É notável a falta de ousadia do diretor, que poderia ter ido por caminhos mais imprevisíveis. Ou seja, um filme que tinha tudo para ir além do que foi. Entretanto, vale a pena assistir e ter sua própria opinião sobre a obra. 

A sofrência de um amor idealizado atinge também o mundo da ficção, e o primeiro post da série "Heróis e vilões que já passaram pela friendzone" trata sobre Hera Venenosa, conhecida vilã da DC Comics. 

Hera Venenosa (Poison Ivy) – A vilã de Batman tem uma relação platônica com Arlequina, cúmplice e interesse romântico de Coringa. A ex-psiquiatra e Hera se conheceram quando praticavam um roubo simultâneo no museu de Gotham City, Arlequina buscava pelo Diamante Arlequim enquanto Hera Venenosa procurava por plantas tóxicas, no episódio “Harley and Ivy” de Batman: A série animada. As duas logo se tornaram amigas e a Mãe Natureza da DC Comics dá à Arlequina um de seus melhores aprimoramentos físicos: imunidade a qualquer substância tóxica ou veneno. 

As vilãs passam a ser conhecidas como Rainhas do crime de Gotham City, e logo formam um trio se juntando a Mulher-Gato (Catwoman) no conhecido grupo Sereias de Gotham City (Gotham City Sirens) para prática de roubos e crimes afins. Durante esse tempo, a relação de Arlequina e Hera aprofunda a ponto de se tornarem melhores amigas, e é então que Hera passa a alimentar desprezo pelo famoso palhaço maníaco de Gotham quando presencia as agressões morais e físicas que a ex-psiquiatra sofre por parte de Coringa. Apesar das tentativas de inversão psicológica de Hera para fazer com que Arlequina desista de seu relacionamento com Coringa, a obsessão da vilã supera limites e barreiras. 



É com o reboot de Os novos 52 de 2011 que Hera finalmente consegue expandir as fronteiras de seu relacionamento com Arlequina, e enfim um namoro poderia ser citado entrelinhas. A relação entre as duas não foi confirmada até 2015, porém pode ser notada em vários HQ's pela afeição exagerada entre as vilãs. No entanto, a forte filiação de Arlequina com Coringa fala mais alto, e, como de praxe, basta ser chamada pelo Príncipe do crime e tudo está resolvido. 

Em resposta a um fã no twitter em 2015, a DC Comics confirmou o romance entre as vilãs: “Sim, elas são namoradas sem o ciúme da monogamia.”

Você me faltou a memória e por fim: respirei. 

Foram meses de agonia. Uma terceira pessoa se encaixou na minha rotina enquanto eu assistia tudo no plano de fundo, dói dizer que aquele terceiro não passava de uma patologia silenciosa e avassaladora, e, sem pestanejar ou sequer perceber, era eu a telespectadora do meu próprio fim. 

Vários personagens surgiram durante o caminho: o mocinho, a melhor amiga, o professor favorito e, no clímax da história, o vilão. É da natureza humana o julgamento, e cada um é juiz daquilo que pensa sobre si e sobre os outros, o erro está na ação, no que você está disposto a fazer em razão da sua convicção. Porém, mais ainda que o julgamento, a mudança é do ser humano; e essas são duas coisas que relacionadas, correntemente, não possuem um relacionamento saudável. Eu estava sujeita ao julgamento, assim como à mudança. 

O vilão não passava de uma confusão interna de sentimentos que se externavam na ação do seu julgamento intrínseco, enquanto a perspicácia ilustrada pelo mocinho refletia apenas um romance de pobre interpretação. Quando julgados, um era o vilão e o outro o mocinho, mas, no princípio, compartilhavam a mesma cruz: eram humanos. Em algum momento da trajetória a mudança fez-se perceber, pouco mais importava a postura duvidosa do mocinho, e a personalidade vil e incompreendida do vilão era agora tolerada. 

A gente fica mordido ao, enfim, notar que na vida nada dura frente ao infinito. Não existe escolha entre mudar ou permanecer imutável, cada pedaço do dia é uma chuva de pedras, e nem todos nós somos treinados a desviar. Por fim, o erro está na ação: sentar e assistir em terceira pessoa os dias passando ou levantar, colher as pedras e buscar saber por que elas miram em você? 

A sétima arte, como é chamado o universo cinematográfico, veio crescendo drasticamente no Brasil nos últimos anos. Mas o que incomoda nos filmes brasileiros é a falta de originalidade, pelo menos na grande maioria deles. E o infelizmente da história é que são esses filmes que ganham proporções midiáticas no país e que ficam em cartazes por meses até. 

O mais novo filme a ser lançado e a ser carimbado com o selo de "clichê hollywoodiano" é o "Tamo Junto"(foto acima), que tem estreia definida para dia 8 de Dezembro. O filme de comédia conta com ótimos atores no elenco, como: Fernanda Souza, Fábio Porchat, Antônio Tabet, Sophie Charlotte e Rafael Queiroga. Só pelo elenco, o mínimo que se espera é uma comédia boa, daquelas que te satisfaz. Entretanto, o enredo proposto pelo trailer não é do melhores, ou melhor dizendo, dos mais originais.

A história mostrada é de um cara recém solteiro que vai (re)descobrir a vida só, voltando para o berço de amigos e farras regadas a bebida e mulheres. Embora parece ser focada na versão de o quanto a vida de solteiro pode ser difícil, ou pegando emprestado uma definição dada no filme, uma "merda". Sua vida parece ir voltando aos trilhos quando reencontra uma velha paixão de adolescente (quantas vezes você já não pagou pra ver isso no cinema? Perdeu as contas? Então.). E o que parece uma nova história de amor sendo escrita é interrompida por um casamento da velha conhecida do ator, e atual "crush" (vejam só, mais um clichê). A partir daí é esperar para ver o que acontece no cinema. 

Um outro filme que foi lançado recentemente e teve como atriz principal a Kéfera, é um exemplo claro da importação do clichê hollywoodiano. Dessa vez foi até pior, importaram o modo de vida e a cultura de um outro país, Estados Unidos, e colocaram goela abaixo no padrão brasileiro de ser. 
"É Fada", como o filme foi chamado, traz para os cinemas brasileiros "fada do dente", "garota que sofre bullying na escola" e "grupo de meninas que praticam bullying na escola". Mais uma vez me vem a pergunta de quantos filmes não existem com esse enredo, ou então, com essas características. É simplesmente falta de originalidade de criar um filme "teen", mas com um universo da cultura brasileira. De fato houve sim agrado para um determinado público, mas é um desperdício que filmes assim sejam patrocinados com incentivos do Ministério da Cultura, enquanto outras ideias mais originais ficam escassas, empoeiradas em velhos VHS.

O cinema brasileiro tem sim porte para fazer filmes bons. Temos ótimos diretores e excelentes atores espalhados por aí. Ao meu ver, com um achismo exacerbado, falta coragem de expor novas idéias ou então, falta de recursos financeiros para tal. Além do mais, o que mais está em alta agora é contracenar com youtubers. 

Deixo então, pra finalizar, exemplos de como o original rendeu filmes excelentes para o cinema e para nossa cultura; Central Brasil, O Auto da Compadecida, Cidade de Deus, Carandiru, Tropa de Elite e Que Horas Ela Volta, são exemplos do que deu certo no cinema nacional.
Francamente, Brasil. Temos muito mais que mostrar ao mundo e ao nosso povo, do que uma comédia barata, genérica e repetitiva.