(Resenha) A menina que colecionava borboletas – Bruna Vieira

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Título: A menina que colecionava borboletas
Autor(a): Bruna Vieira
Páginas: 152
Editora: Gutenberg

Bruna Vieira está cada vez mais longe dos quinze, e sabe que crescer nunca é tão simples. Considerada uma das blogueiras mais influentes do mundo, mais uma vez ela dá vazão ao seu talento como escritora com este seu novo livro de crônicas e pensamentos, em que mostra o quanto amadurecer e conquistar a independência é maravilhoso, mas tem seus desafios e poréns. A garota do interior que usa batom vermelho e que realizou seus maiores sonhos continua inspirando adolescentes de todo o país. Para ela, as páginas deste livro significam o bater de asas das borboletas que colecionou dentro do peito por algum tempo e que agora, finalmente, pode deixar que voem livres por aí. 

Primeiramente, A menina que colecionava borboletas é um livro de crônicas, portanto irei resenhar o livro em suma contando do meu ensaio com o livro, e caso se sinta disposto, gostaria também de saber sua opinião tanto quanto da resenha como quanto da obra. Here we go. Esse foi o meu primeiro livro da Bruna Vieira (Depois dos quinze), não sei se pela capa ou título eu tive um apreço maior por ele, mas não preciso dizer que já no começo do livro me arrependi por não ter comprado suas outras obras. De certa forma, a blogueira faz com que você se identifique com suas crônicas ou, simplesmente, as páginas ilustradas e com frases soltas. Todas muito bem refletidas aos olhos, por acaso.
               “Para os olhos, a previsão era de chuva.”
Creio eu que cada leitor tenha tido sua experiência com A menina que colecionava borboletas, seja pelo seu jeans 42 ou por aquele amor antigo que ainda perturba o seu sono. No meu caso, sou suspeita para falar já que escrevo crônicas, a Bruna me prendeu ao livro quando após os agradecimentos e sumário, explodiu a frase de Cal Lightman em Lie to me “Por favor, não cresça tão rápido.”. É como estar lendo Percy Jackson ou Harry Potter e, de repente, o personagem principal gritasse “Guerra!”, arrepios são inevitáveis.

No livro, a Bruna fala de sua vida pessoal de uma forma indireta, às vezes, buscando personagens fictícios ou deixando o sujeito inexistente. Porém, o que faz com que o leitor continue lendo o livro entre lágrimas e risos é o uso da primeira pessoa, num momento ou outro as palavras chegam até você, já que estamos falando de uma autora que conta sobre o cotidiano, e isso inclui família, amigos, cachorros, amores e até a própria tristeza sem razão.
“Promessas não garantem um final feliz, pleno e definitivo. Cada pessoa tem seu tempo, e o amor não dá a mínima para o ponteiro do relógio. Passam dias, passam meses, e os planos? São feitos e desfeitos o tempo todo. Por bem, ou para o bem. Já você, minha querida, continua inteira. Portanto, trate já de fechar essa caixa vazia e guardar pertinho das outras. A felicidade logo se acostuma com o espaço que sempre teve.” Os planos que a gente faz (e desfaz).
Costumo dizer para quem não acompanha o blog da Bruna ou para quem nunca leu uma de suas crônicas, que ela é o tipo de escritora que faz com que você se sinta mais humano. E mesmo que se identifique com parte da angústia de algumas crônicas, é certo que está se identificando, verdadeiramente, com a autora, e essa, sempre no meio, fim ou até início, te mostra que aquela estória tem solução.
     “Todo mundo sente. Então, todo mundo é meio escritor. É uma questão de coragem.”
Para completar, o livro vem com lista de música. Uma mistura de indie, pop e MPB.


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