Amor: uma consciência de sentimentos nobres

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Tenho uma mania absurda de nos comparar a casais célebres, e hoje, passando pelo feed de uma dessas redes sociais, vi uma foto de Gregório Duvivier e Clarice Falcão. Ambos admiramos a relação de conexão que o par aparentava ter, ele um humorista e ela uma cantora, profissões tão distintas e simultaneamente tão precisas na condição de se ter um pouco das duas. Não fui pega por nenhum estado de crise filosófica, simplesmente imaginei aquela foto vazia, sem os dois para preenchê-la. Quantas pessoas Gregório fez chorar até que a garota de seus sonhos daquele momento o fizesse rir para a vida? Ou quantas pessoas Clarice empurrou para debaixo do tapete antes de encontrar o cara certo para o qual dedicaria suas músicas?

Não me lembro de Angelina Jolie ser tão estonteante antes de Brad, talvez eu nem me lembre de Brad sem Angelina. Acontece que essas pequenas epifanias diárias nos permitem pensar na história como uma colega de truques baratos, sempre escondendo os detalhes mínimos e não-tão-importantes do tempo. Como por exemplo a diferença de ter um amor de dez anos ou um de dois anos. Você provavelmente experimentou as mesmas brigas e os mesmos ciúmes, soube que estava gorda demais, e mesmo assim resolveu acreditar nele, pois mesmo ciente de que mil outras mulheres mais bonitas e esbeltas passariam rotineiramente por seu trabalho, ele estaria lá... Comendo sua janta mal temperada e elogiando suas curvas.

Costumo pensar no amor como uma consciência de sentimentos nobres, consciência essa que se esvai nos momentos difíceis onde o controle não é uma opção, e o que nos resta? Sentimentos nobres. Na história do mundo, durante o período monarca, não me recordo de bons contos sobre a nobreza... E isso como adjetivo de sentimentos só poderia causar problema.

Não que eu esteja agorando, como dizia minha avó, mas amor e consciência não são duas coisas que geralmente vão juntas. Ou é uma, ou é outra. E, sendo assim, não há nem que pensar na escolha certa, seu coração, que é fã das idas e vindas, escolhe por você sem que nem perceba o grande penhasco no qual foi jogada sem paraquedas. 


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